Hocus Pocus no Direito

Hocus Pocus”1 não é uma expressão portuguesa, mas sim universal. É utilizada em muitas línguas pelos artistas, profissionais ou amadores, que executam truques de magia, e têm necessidade de distrair a atenção do público, para que não reparem no verdadeiro truque que ele está fazendo.

Muitos como eu que buscam seu lugar ao sol, e muitos sabem pouco como está difícil, crises econômicas, aumento dos preços devido a inflação alta, gasolina e quejandos. O mundo entrando num recesso sem fim, e donde vai os novos sonhadores e por onde e qual caminho irão percorrer?

Digo que por mais que inteligência é sinônimo de superação e destaque, cum grano salis, reitero que nem tudo é questão de inteligibilidade, pois a cá estou, finalizando o curso e nada de perspectiva boa, pois não há magia e nem palavras mágicas que façam melhorar a perspectiva das coisas.

Vivemos num mercado saturado de bacharéis de direito, saturado de profissionais cabeça de lagosta, que fazem o que devem ser feito e só (operacionais) uma forma mecanicista, parecendo a revolução industrial e seus operários no qual eram substituídos por outros, fazendo girar uma roda sem fim, assim afirmava Max Weber sobre o capitalismo, porém, a evolução tecnológica e pandemia nos proporcionaram um caos no qual estava apenas submerso.

Instituições de ensino apenas para ter sua pontuação no MEC, cursos rasos e medíocres de conteúdo, ensinam a teoria e não a prática, fazendo uma cisão de “ser e dever-ser” no qual nada faz sentido, a teoria ignora a prática e a prática ignora a teoria, como fazer então? Onde iremos? Para onde a profissão se caminha? Viveremos uma nova idade das trevas versão Matrix? Esse é o fim do intelecto? Trocado por uma AI?

Pois o que vejo ultimamente são profissionais desmotivados e descaracterizando-se de suas profissões de base, terceirizando-se em outras ciências e ramos, como uma forma de tapar aquele vácuo que não se atentou em tapar em sua profissão, ou por falta de planejamento, ou porque começou tarde, o tempo é o pior inimigo de quem começa, subitamente irá acarretar no fracasso, pois o mercado está competitivo e quem ainda resistir a ele sem preparo algum, será engolido pelo vácuo do não reconhecimento.

A realidade é, qual o nosso propósito? Viver e sobreviver, ou viver e objetivar aquilo que aprendeu e tentará competir nesse cenário de 3˚ mundo no qual só sabemos o gosto das coisas quando estamos na etapa final do conhecimento em nossas carreiras, quem é o verdadeiro vilão? Nós ou quem planeja como e devemos ser perante a sociedade, já que o contrato social existe, cade a proteção da nossa criatividade? Vontade e objetivos? A tutela da liberdade e vida sem respaldo de crescimento pessoal é uma prisão invisível, fazendo você recorrer de diversas formas, ou mudando o desenho todo, ou implorando por mudanças, pois não somos mágicos, não temos a palavra para podermos usar e transformar as coisas em nosso favor, não existe hocus pocus no Direito.

 

“Amara est veritas rerum”.

Amarga é a realidade das coisas”.

 

Post Scriptum

 

A complexidade em manter-se bem, mesmo que só, o mundo nos exige mais do que podemos ter no momento, isso é cruel, pois quando se busca reconhecimento não se buscar apenas ser visto e lembrado, e sim deixado um legado para o próprio mundo, ab initio.

 

 

Referências

https://steinhardts.wordpress.com/2007/05/02/hocus-pocus/ Acesso em: 11 Abr, 2022.

Fique por dentro das novas publicações!

Siga o Blog no Instagram e fique por dentro das últimas publicações, interaja com o conteúdo e com a comunidade!
Picture of Rafael Souza

Rafael Souza

Bacharel em Direito pela Faculdade Das Américas (FAM). Membro colaborador da Comissão dos Acadêmicos de Direito da 116a Subseção Jabaquara- Saúde da OAB/SP. Membro Assistente da Comissāo de Direito Constitucional e Filosofia e Argumentaçāo da 116a Subseção Jabaquara- Saúde da OAB/SP. Membro assistente do IGOAI (International Group of Artificial Intelligence) Colunista do Blog Justalks.
Hocus Pocus no Direito - Rafael Souza

Hocus Pocus no Direito

Hocus Pocus”1 não é uma expressão portuguesa, mas sim universal. É utilizada em muitas línguas pelos artistas, profissionais ou amadores, que executam truques de magia, e têm necessidade de distrair a atenção do público, para que não reparem no verdadeiro truque que ele está fazendo.

Compartilhe

Publicações recentes

Nossas Redes

Comentários