O vácuo ideal¹ ou perfeito seria uma região do espaço onde houvesse total ausência de matéria. No entanto, na prática, o vácuo perfeito não existe:
Vácuo absoluto é o nome dado à condição de pressão nula, ou seja, de total inexistência de choques entre átomos ou moléculas contra as fronteiras de um sistema ou contra algum corpo. No entanto, para que esse regime fosse possível, seria necessário que não houvesse quaisquer partículas no espaço e, consequentemente, qualquer nível de energia. Tal condição viola a natureza quântica das partículas, uma vez que o princípio da incerteza indica que é impossível existir alguma região do espaço com nível de energia exatamente igual a zero.
Dessa forma, os níveis de energia, por menores que sejam, jamais serão iguais a zero. Assim, originam-se fenômenos chamados de flutuações quânticas: surgimento espontâneo e efêmero de partículas mesmo em regimes de pressão próxima do vácuo absoluto.
Tirando esse entendimento de física quântica vimos que até uma matéria não se esgota na propagação do vácuo, oras, mas porque esse comparativo?
Justamente para entender os fenômenos acadêmicos dos estudantes de Direito, em seguir uma regra que não existe, superando a física quântica, tal feito é bastante notado principalmente nos primeiros semestres até o último. As pessoas tem o conhecimento do grau zero? Obvio que não! Apenas adquirem o conhecimento via transmissão de conteúdos e o início de sua jornada na vida acadêmica.
Deste momento que surge a bolha acadêmica, uma fenomenologia bastante cultural, assim como na práxis forense a cultura de Mater e Pater estatal em judicializar até uma briga de crianças por um brinquedo. A curiosidade não matou o gato, pois o gato quer que expliquem a origem e os porquês dela, isso se torna obsoleto e preguiçoso, pois se você não correr atrás por si mesmo(a) nunca obterá as respostas, pois o trabalho em sí do professor é tirar o aluno da caverna da ignorância2 (utilizando conceitos da alegoria da caverna de Platão).
A maturidade acadêmica vem com o tempo de experiências do aluno em buscar o que não foi procurado, a curiosidade em reter as ciências em sentido amplo, pensar como um cientista que faz a cada dia uma descoberta, juntando todas as peças, para que no fim do curso, torna-se um ser crítico, e o que seria um “Senso Crítico”?
Senso crítico significa a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente. Através do senso crítico, o homem aprende a buscar a verdade questionando e refletindo profundamente sobre cada assunto. A palavra “crítica” vem do Grego “kritikos”, que significa “a capacidade de fazer julgamentos”.
E donde tirei essa miraculosa resposta? Do Google! Pois tive a vontade de sair além da minha bolha em apenas ir e pesquisar o que tem de relevante, pois as informações estão em formas de dados e textos e e-books e sites e blogs, porém sempre verificar a fonte, para não se passar por um desonesto intelectual ou farsante, pois vejo muito dessa bolha, alunos farsantes que utilizam das mais brilhantes formas de se iludirem achando que o conteúdo dado é suficiente para ser um profissional bom, mas não.
Diante do pequeno exposto, tenho que dizer que o amadurecimento é como em todas as fases da vida, dói, cansa, deixa você imerso e priva de muita coisa, mas é essencial para se tornar pronto para provas piores, que exijam não só conhecimento, mas também, maturidade acadêmica para sobreviver num curso de 5 anos, não é dinheiro e amor dos pais apenas, e sim ter um pensamento maduro academicamente falando, sem mais.
Fortunam porro studeo feret.
Estudar além, trará fortuna.
Referência
[1] Matéria https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/o-que-vacuo.htm acesso em: 10 Abr, 2022.
[2] A Alegoria da caverna: A Republica, 514a-517c tradução de Lucy Magalhães.
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