Na série de filmes O Exterminador do Futuro, a Skynet é uma inteligência artificial altamente evoluída, criada no fim do século XX. Ela opera principalmente por meio de robótica avançada e sistemas de computador. Trazendo essa analogia à baila e o jargão “a arte imita a vida e vice-versa”, a evolução da sociedade, de seus mercados, das profissões e, especialmente, de alguns profissionais leva à necessidade de adquirir novos conhecimentos tanto no direito 2.0 como em outras ciências.
Um dos requisitos da sociedade em que vivemos, numa visão macro de mercado, é a introdução da AI (inteligência artificial) no mundo do trabalho. As transições tecnológicas estão cada vez mais substituindo pessoas, seus intelectos e mão de obra.
Em 2021, se encontra um modus operandi, que se repete, no que diz respeito à facilidade de informações espalhadas nas redes sociais e na criação de ferramentas a cada diz mais inovadoras como: blockchains, Bitcoins, Startups, gerando um novo mercado que o Direito trata como “Direito Digital”, tentando acompanhar a velocidade e se adaptar às mudanças da sociedade. A introdução da LGPD no país, em função da globalização, foi um ponto importante para a mudança da sociedade, entretanto, o avanço da tecnologia impõe mudanças obrigatórias em todos os setores.
Muitos profissionais acham que a “tradição” de uma profissão nunca poderá ser substituída pelo avanço tecnológico, gerando preguiça e acomodação por parte destes nichos de especialistas. O jurista deve se atentar a estas transformações.
Existem hoje lawtechs, ferramentas de inteligência artificial, que conseguem executar processos, em países como Alemanha, Estados Unidos, Espanha, e no Brasil. A LGPD credencia controladores de dados, para que se faça um tratamento adequado deles, forçando aquele nobre causídico de papel e tinta de caneta a enfrentar contratos de autorização para utilizar dados sensíveis de seus clientes. As chamadas “lawtechs”, contratadas pelo próprio poder judiciário, têm a função de “impulsionar” as demandas processuais.
Com base em bancos de dados de jurisprudências, usando algoritmos inteligentes ao buscar o melhor resultado para aquela situação, fazendo, em questão de minutos, deixando uma equipe de 5 pessoas na formulação de uma defesa no chinelo. A implementação deste sistema mais barato e eficiente já chegou em terrae brasilis e, aos poucos, as Startups vão evoluindo, transformando pesquisas que antes eram vistas como “trabalhosas” por parte de advogados e procuradores, juízes, em levantamentos ágeis e super rápidos. Agora basta fazer uma pesquisa avançada, palavra-chave e “voilà”! A jurisprudência, em qualquer grau, “está na mão”, sua tese de defesa sai em minutos, quase um fast-food digital do Direito.
O fato é que a adaptação do profissional do direito para se manter conectado à evolução das tecnologias é uma condição “sine qua non”. É preciso se capacitar e se aperfeiçoar no que se refere à mudança de estratégia, fazendo frente ao mercado competitivo e altamente tecnológico. A advocacia como a vemos hoje vai ficar no passado. Quem não acompanhar as mudanças significativas dos avanços tecnológicos e não se especializar nessas ferramentas, em sua área de atuação, ficará no passado, junto com os dinossauros.
“Dormientibus non succurrit jus”.
“O Direito não socorre aos que dormem”.
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