Bem, vivemos num mundo completamente interligado (ou quase isso), em sua predominante maioria, criou-se um vínculo com a tecnologia e ela com o nosso cotidiano, pois bem, ao mesmo tempo que o dever-ser técnológico abarcou de vez em nossas vidas, fizemos, num todo, uma espécie de “contrato social” com a inteligência artificial e seu crescimento exponencial, nos tornando dependentes dela, desde a invenção da internet.
Não vou fazer aqui nenhuma teoria da sociologia ou da antropologia, quiçá um aprofundamento epistemológico sobre o modus operandi no qual a sociedade caminha em passos largos para uma perfeita trama, no qual, a realidade e o que enxergamos, são subjetivas, pois o que vemos não é de fato o que vemos, pois é! Confuso mesmo.
O sujeito (profissional do direito/outro) demonstra por meio das redes sociais o seu horizonte, bonito, vistoso, imponente, sempre escondendo os bastidores, e de certa forma, fazendo a sociedade com sua dopamina elevada (ansiedade) fique anestesiada com tamanho esplendor dessa imagem trazida e demonstrada ao mundo virtual, aos olhos famintos da sociedade digital em consumir “novidades”.
O que se vê realmente não é aquilo que deveríamos enxergar, uma espécie de mundo atrás de um universo inexplorado, trazendo à baila questões filosóficas, centralizando como toda ciência (quase toda) o fator antropocêntrico, e sua ética num convívio social e profissional, aparentando sempre em demonstrar algo, no qual o conteúdo se perde nas camadas da práxis dos dias ordinários, de como se viver hoje em dia, pois até isso vendem num curso da hotmart.
Vejo que a conduta humana e profissional, mutatis mutandis, teve uma metaformose do Dever-Ser para “Aparentar-Ser” pois vivemos numa bolha digital, enxergando-se certos acontecimentos curiosos, pessoas se apegando numa religião, credo, e conceitos. Demonstrando-se uma conduta perante aos demais, como forma de lições de vida e uma espécie de autoafirmação perante a sociedade, não como fim, mas o meio para se manter em evidência, e sua imagem intacta.
Para finalizar, quando realmente existir um problema, e estas pessoas forem colocadas sob essa responsabilidade em transmitir a sua “aparência”, iremos ficar tresloucados com tamanha discrepância quando as cortinas se levantarem por trás do mundo imaginário. A superficialidade, como uma camada fina, camuflando a verdadeira deep web (vida real), onde estamos neste exato momento, (sobre)vivendo numa possível realidade factícia, sendo deixado de lado nossos bastidores (vida real), será?
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