Inteligência serve para quê? O dualismo entre Teoria VS Prática

Há muitos séculos, desde a Pólis Grega, vem se discutido o entendimento de qual método é mais “recompensador” para aquele indivíduo no qual pretende obter seus frutos e conquistas, devido ao processo de conhecimento de forma empírica (se aperfeiçoando na prática) ou a teoria de buscar o conhecimento primeiro, ser o diferencial e aplicar depois para melhor proveito econômico e uma vida com mais retorno ao longo prazo.

A sociedade, cobra muito o lado prático empírico, pois seguem uma linha hipotética [1] da coletividade, desejos momentâneos, fazer com base apenas no seu meio para atingir o fim, mesmo que sofra, submetendo-se ao trabalho árduo, se jogando na selva do mercado competitivo, sem analisar, sem racionalizar o que é certo e errado, desencadeando o que chamo de “capitalismo tóxico”.

Destarte, a prática leva uma grande vantagem ao conhecimento, pois o que chamo de “engrenagens do mundo” giram e destroem o lado categórico em sua maioria, deixando de observar uma clareza em sua visão dos objetivos e os meios se tornam os fins, não o contrário, como Kant diz a respeito sobre a universalização do categórico [2].

Assim como no Direito dentre outras ciências, fica o questionamento do que vale mais? Aguardar para um amadurecimento intelectual, ou apenas o que vale é lutar pela sua sobrevivência, e descaracterizar aqueles outros que buscam primeiro serem os diferencias para buscar algo do que nunca foi trazido à baila numa nova perspectiva de metodologia que se aplica as normas, em seu ordenamento jurídico.

Diante do exposto até aqui, quero finalizar e demonstrar um temor relacionado as pessoas e profissionais que buscam primeiro buscar o conhecimento e não se atirar aos braços do mundo, porque virtudes nisso não há, porque se para aprender tem que sofrer, então o empirismo é uma prática totalmente consequencialista [2] e hipotética, que visa apenas um meio como fim, o da sua sobrevivência apenas, se tornando mais um profissional atirado ao mercado competitivo e cruel, assim como o mundo e suas engrenagens o faz, moem pessoas que gostam de sofrer para aprender, sem mais.

 

“Sapientiam autem non vincit malitia“.

“Nenhum mal pode superar a sabedoria”.

 

POST SCRIPTUM

É notável ao longo dos anos a relativizaçāo do conhecimento e sabedoria, vence aquele que for mais ousado, mais determinado, sem se preocupar com questões fáticas e morais, agir como se o meio fosse a justificativa para a obtençāo do resultado, e depois sofrer com aquela tomada de decisāo, tornando-se prisioneiro das suas próprias escolhas até o fim de sua vida profissional.

Explicaçāo

[1] Um imperativo hipotético afirma o seguinte: se quiseres atingir determinado fim, age desta ou daquela maneira.

[2] O imperativo categórico diz o seguinte: independentemente do fim que desejamos atingir, age desta ou daquela maneira.

[3] O consequencialismo é uma doutrina do âmbito da filosofia moral e da ética que afirma que o valor moral de um ato é determinado exclusivamente por suas consequências.

 

Leia também: A Antiganância no direito.

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Rafael Souza

Bacharel em Direito pela Faculdade Das Américas (FAM). Membro colaborador da Comissão dos Acadêmicos de Direito da 116a Subseção Jabaquara- Saúde da OAB/SP. Membro Assistente da Comissāo de Direito Constitucional e Filosofia e Argumentaçāo da 116a Subseção Jabaquara- Saúde da OAB/SP. Membro assistente do IGOAI (International Group of Artificial Intelligence) Colunista do Blog Justalks.

Inteligência serve para quê? O dualismo entre Teoria VS Prática

Há muitos séculos, desde a Pólis Grega, vem se discutido o entendimento de qual método é mais "recompensador" para aquele indivíduo no qual pretende obter seus frutos e conquistas, devido ao processo de conhecimento de forma empírica (se aperfeiçoando na prática) ou a teoria de buscar o conhecimento primeiro, ser o diferencial e aplicar depois para melhor proveito econômico e uma vida com mais retorno ao longo prazo.

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