Assim como em qualquer esfera da sociedade, por mais que erudito o profissional seja, leia mais de 50 livros por ano, pode ser burro.
Com base, e entendimento do Professor de Filosofia Vitor Lima1 aquele erudito “burro” em uma metáfora, claro, empaca e não sai mais do lugar, pois não possui o alargamento de pensamento, no qual refere-se ao pensamento e interpretação naquele tempo da obra, naquela visão de mundo que se encontra o autor (época, costumes etc…).
Por mais que as pessoas detém um certo apreço pela leitura em si, empacam em seu dogmatismo e “pré-conceito” em não aceitar o que a reflexão daquela obra traz, sendo julgada conforme a consciência do leitor em discordar e até mesmo refutar o autor da obra, justamente por não adentrar no conceito daquele tempo, inflamado pelo prazer em apenas criticar sem ter argumentos.
Essas pessoas existem no Direito também, tornando-se pilastras do saber, parados no tempo, apenas esperando sua hora de partir deste mundo, levando consigo a sua sabedoria (que não é eterna) e levando consigo ideias que poderiam transformar o mundo em seu túmulo.
A vaidade é comum entre os eruditos, pois mantém a concupiscência, o ego inflado, desviando-se do verdadeiro caminho do conhecimento, empobrecendo concomitantemente seu intelecto e ao mesmo tempo tornando-se empacado no seu dogma, de sempre julgar antes de interpretar e analisar os contextos que foram colocados ali, para uma mente alargada em reconhecer o seu tempo, e o que irá aprender para realocar em nossa realidade, na qual não está fácil em ser vivida.
“barba non facit philosophum”
“A BARBA NÃO FAZ O FILÓSOFO”
Bibliografia utilizada
[1] https://www.youtube.com/watch?v=3nLgTt4aAks Acessado em: 21.09.2022