O Exame de Ordem e a Incontinência Emocional
Querido(a) leitor(a), precisamos conversar. O assunto fixado como título se faz necessário em meio ao que estamos vivendo.
Atualmente pertencemos a uma “Era das cobranças ilusórias”. E agora falando propriamente da área jurídica, a autocobrança é extrema.
Desde o início da faculdade nos é incutida a ideia de que necessariamente precisamos passar direto no Exame da Ordem e que para que alcancemos esse fim o estudo unicamente ligado ao curso de Direito é suficiente. Que doce ilusão!
São cinco anos da faculdade que vivemos como robôs, dedicando-nos ao máximo (pelo menos na teoria), para alcançarmos um fim em comum: a carteira da OAB.
É interessante pensarmos que nos dedicamos tanto, para ganharmos tão pouco. Passamos por tantos percalços no meio do caminho para no final sermos caracterizamos por uma mera nota.
A aprovação ou reprovação no Exame da Ordem, não significa absolutamente nada. Ninguém é melhor ou pior do que ninguém, por ter ou não ter passado de primeira. Cada um tem seu tempo e não é e não será uma pontuação que medirá a nossa competência profissional.
O importante, temos que ter em mente, é a nossa trajetória e não o resultado. Não podemos nos martirizar e achar que por não termos alcançado tal pontuação temos menos competência que os demais que conseguiram a famosa “aprovação de primeira”.
Vimos, no dia de ontem (20/02/2022), na data da aplicação do XXXIV Exame de Ordem o caso de uma candidata em Sorocaba – SP que, momentos antes de começar o Exame, se atirou pela janela da sala onde prestaria a OAB.
Alguns podem achar isso inconsequente da parte da moça, uma mera idiotice. Mas isso é sério. Não podemos, como graduandos ou graduados abdicarmos de nossa vida pessoal, nossa saúde, nosso bem-estar por uma prova. Um teste que mede muito mais do que conhecimento, mas preparo físico e psíquico e envolve mais do que 80 questões, mas técnica e estratégia para respondê-las e, muitas vezes, é pura sorte.
Assim, não nos deixemos abater por mera estatística. Foquemos em nós, claro, nos dedicando, porém com cautela, sem ultrapassarmos nosso limite mental e físico. Não vale o risco, a nossa vida vale mais do que isso.
Referências e Bibliografia
(Vídeo) A era da Incontinência Emocional – Paul Joseph Watson Brasil
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